Estratégias para Desaprender e Adaptar-se às Novas Tecnologias e Métodos - Parte I

Desaprender para Inovar: quando largar o velho é o que te faz avançar

Outro dia, num café, um amigo me soltou essa:

“Cara, tô me sentindo travado. Aprendi tanta coisa, estudei tanto… mas parece que nada tá funcionando do jeito que funcionava antes.”

E eu entendi na hora. Porque já senti isso também.
A gente aprende um método, domina uma ferramenta, vira referência no que faz — e aí, um dia, percebe que aquilo que nos trouxe até aqui… não vai levar a gente pro próximo passo.

Dá um certo medo, né?
Mas também é aí que mora uma oportunidade enorme: a de desaprender para inovar.



Desaprender não é apagar. É abrir espaço.

Sabe aquele armário que já não fecha direito porque tá cheio de coisa que você nem usa mais? Pois é.
A cabeça da gente também precisa de espaço.
Desaprender é tirar os excessos do armário mental pra caber o novo.

E não tem nada de errado nisso.
Significa só que você evoluiu. Que o que servia ontem já não serve hoje. E que você tá pronto pra se reinventar — se tiver coragem de soltar o que precisa ficar pra trás.


No trabalho e na vida, segurar o velho pode te impedir de enxergar o novo

Às vezes, a gente continua executando um processo que já perdeu o sentido.
Ou insiste numa habilidade que já não gera tanto valor.
Ou pior: se apega a um jeito de pensar que não combina mais com o que o mundo precisa.

E é aí que entra a virada:
Quando você escolhe desaprender o hábito antigo pra criar espaço pra uma nova mentalidade, você começa a inovar sem nem perceber.


Exemplos reais: quem teve coragem de soltar, colheu os frutos

👩‍💻 Maria Carolina – da linguagem C ao Java moderno

Por anos, ela foi mestre em C. Mas percebeu que, pra crescer na empresa, teria que mudar.
Desaprendeu o procedural, mergulhou na Programação Orientada a Objetos e virou referência na migração de sistemas legados.
Hoje lidera uma equipe e é reconhecida como especialista em Java.

🧑‍💻 Anderson – redes do passado, futuro na veia

Administrador de redes à moda antiga, viu que o IPv4 estava ficando pra trás.
Estudou IPv6, comutação avançada, montou um projeto-piloto e modernizou toda a infraestrutura da empresa.
Desaprender o velho protocolo o colocou como referência em segurança e escalabilidade.

📊 Ana – de planilhas ao Big Data

Analista experiente, fiel ao BI tradicional. Mas os dados cresceram — e ela decidiu crescer junto.
Estudou Hadoop, Spark, reformulou processos, treinou o time… e virou a especialista em dados que a empresa precisava.


Desaprender também é um ato profundamente pessoal

Não é só no trabalho.
Quantos padrões de pensamento, comportamentos ou crenças antigas você carrega aí dentro que já não servem mais?

Aquela ideia de que “você não é bom com tecnologia”?

Aquela crença de que “não tem mais idade pra recomeçar”?

Aquela postura defensiva que te impede de pedir ajuda ou experimentar algo novo?

Desaprender também é se dar a chance de ser diferente — e melhor.


Tá, mas por onde começar a desaprender?

Comece assim:

  • Observe: quais métodos, pensamentos ou práticas você está repetindo no automático?

  • Questione: isso ainda faz sentido pro que você quer hoje?

  • Desapegue: abra espaço pro novo. Nem tudo que foi útil precisa ficar pra sempre.

  • Experimente: teste abordagens novas. Erre pequeno. Ajuste. Aprenda.


Agora é com você.

Desaprender pode parecer um retrocesso.
Mas, na real, é um sinal claro de evolução.
Porque quem sabe abrir mão do velho, já começou a construir o novo.

Seu 1% de hoje pode ser: soltar uma crença. Mudar um processo. Revisar um hábito.

A inovação que você procura pode estar escondida… atrás do que você ainda não soltou.


📚 Quer reaprender? Quer expandir seu repertório?

Aqui estão fontes que vão te ajudar a entender, praticar e se beneficiar do ciclo de desaprender e inovar:📘 Liderança adaptativa: por que quase ninguém faz – Ronald Heifetz”

Como liderar (e viver) em contextos onde o que sabíamos já não resolve mais.

📕 Originais – Adam Grant”

Um livro sobre como pessoas comuns desafiam o status quo — inclusive o delas mesmas.

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